Contestação à fraude <br> mantém-se na Honduras
«O triunfo que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) outorgou ao candidato do Governo, Juan Orlando Hernández, não o reconhecemos como legítimo», reiterou o Partido Liberdade e Refundação (Libre), que em comunicado divulgado quinta-feira, 26, reafirma ainda a determinação em «continuar a luta em todos os cenários possíveis, incluindo no Congresso Nacional, onde a oposição é agora maioritária, e no qual manteremos os nossos princípios contra o aprofundamento da política neoliberal e de empobrecimento irracional e acelerado de amplos sectores sociais».
O Libre reagiu assim à decisão do STJ que terça-feira, 24, anunciou a rejeição do recurso apresentado pelo partido, que defende a anulação das eleições presidenciais de 24 de Novembro. No mesmo dia, o coordenador do Libre, o ex-presidente Manuel Zelaya, reconheceu o esgotamento das diligências judiciais para contestar a vitória de Hernández sobre Xiomara Castro, mas sublinhou que «reservamos o direito de continuar a exigir que se investiguem as 3604 urnas de voto (o equivalente a 22 por cento do total dos votos expressos) onde se concretizou a fraude».
No mesmo sentido, a candidata afastada da presidência da República numa consulta manchada pela falta de transparência insistiu que «faremos de cada voto conquistado um apoio na transformação das Honduras numa pátria digna».